segunda-feira, 22 de março de 2010

Luz e Escuridão - Alguns critérios de Análise

Mesmo para o observador comum, é evidente e quase incontestável, a existência de uma relação constitucional de contraposição, entre a luz e a escuridão. E que, desta relação, é gerada uma infinidade de contrastes e nuanças, como subproduto. Não é necessário o uso de instrumentos sofisticados para que, se possam observar os fenômenos cunhados por esta afinidade. O bom uso, dos naturais órgãos de percepção humana, já nos basta para testemunhar a isso.

Mas, apenas ver, não é o bastante para que se possa entender e compreender, corretamente, a esta dinâmica e a essas potências. Comumente, esta relação é desapercebida e, até mesmo, ignorada, como que abandonado à rotina dos olhos. E, freqüentemente, quando notada, é mal entendida. Deve-se compreender que, para poder analisar, corretamente, a essa relação, temos que nos predispor a ser, realmente, imparciais.

Por se tratarem de potências fundamentais, por tanto, realmente puras e fiéis às suas respectivas essências, obviamente, não podemos lhes atribuir conceitos, nem agregar nenhum tipo de atributo ou característica que, não condiga com a sua própria unidade conceitual. E, ainda mais comprometedor seria, atribuir ou limitar lhes, com o mesmo conceito de consciência, percepção, sentimentos ou juízo, dados a um ser humano. Este comum equivoco impossibilita, por completo, o correto entendimento.


Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

sábado, 20 de março de 2010

Os Sete Pecados

Apesar de, nem sempre nos ser evidente, a escuridão é, fundamentalmente, a ausência da luz. E, mesmo que, incalculáveis as suas gradações, o motor de todos os seus fenômenos e manifestações é, sempre o mesmo, a insuficiência de luz.

Toda a insuficiência, ausência ou vazio, conceitualmente, carece de ser preenchido. O mesmo ocorre com relação à escuridão, que enquanto vazio em potência, tem a carência inexorável de ser preenchida de luz. Porém, freqüentemente, não apresenta critérios e, nem mesmo, limites para promover o seu próprio preenchimento, completude ou satisfação.

Comumente, a simples presença desta carência, é capaz de comprometer, em muito, a eficácia da percepção humana, que pode turvar-se. E, sem a devida clareza nos sentidos, dificilmente, somos capazes de discernir, assertivamente, entre as contrapostas potências. Tornamo-nos mais suscetíveis aos possíveis desacertos.


Inveja e Egoísmo – contrapõem a caridade (Amor);

Orgulho e Soberba – contrapõem a humildade;

Ira e Medo – contrapõem a paciência (Fé);

Preguiça e Melancolia – contrapõem a diligência;

Gula”, Incontinência e Desequilíbrio – contrapõem a temperança;

Avareza – contrapõem a generosidade;

Luxúria – contrapõem a castidade.



Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

sábado, 13 de março de 2010

As Sete Virtudes

Ao olharmos para um objeto, não o vemos diretamente e sem intermediários, enxergamos na verdade, os raios de luz refletidos pelo objeto que, ocasionalmente, se direcionaram aos nossos olhos. Quando um objeto sem luz é irradiado de luz, em geral, alguns raios são absorvidos e outros são refletidos. Assim sendo, literalmente, visualizamos o resultado à resistência à luz, e não as coisas em si.

Para obtermos sucesso no ato de ver, temos que ponderar uma serie de variáveis, tendo como prioridade a intensidade da luz e o foco. Igualmente à escuridão, a luz, em sua máxima potência, freqüentemente, incapacita a visão humana, como se os nossos instrumentos de percepção fossem arquitetados, apenas, para lidar com os contrastes e as nuanças. E, certamente, se não estivermos devidamente posicionados, com relação ao objeto a ser visto, reduzimos, significativamente, a possibilidade dos raios de luz adentrar, adequadamente, em nossos olhos.

Independentemente das cores, o que nos permite perceber, reconhecer e discernir, a grande maioria, da variedade do que vemos, é a interação entre a luz e a sua ausência. De modo que, mostra-se imprescindível e necessário à inteligência da percepção humana, a existência de uma contraposição referencial e, até mesmo, de certa harmonia entre essas potências, não somente para que possamos vê-las melhor, mas para que também sejamos, realmente, capazes de reconhecê-las e discerni-las.


Caridade (Amor); latim: humanitas – contrapõem a inveja e egoísmo;

Humildade; latim: humilitas – contrapõem o orgulho;

Paciência (Fé); latim: patientia – contrapõem a ira e o medo;

Diligência; latim: diligentia – contrapõem a preguiça e a melancolia;

Temperança; latim: temperantia – contrapõem a "gula", a incontinência e o desequilíbrio;

Generosidade; latim: liberalis – contrapõem a avareza;

Castidade; latim: castitate – contrapõem a luxúria.


Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.