quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Religião

Não concordo, nem de longe, que a religião seja diagnosticada como o "maior mal" da humanidade. E digo mais, afirmar a isso é muita ingenuidade ou imaturidade. Independentemente dos resultados que possam ser obtidos, catalogados e atestados contra a religião, a humanidade possui muitos outros males, ainda mais íntimos e falaciosos. Males muito mais graves, presentes, freqüentes, simples e pontuais, que cotidianamente desprezamos ou somos coniventes. Males estes, que nós humanos, religiosos ou ateus, deveríamos ficar realmente atentos, para nos empregar na busca de resolver.


Convenhamos, a religião é apenas um instrumento. E como tal, possui suas funções intrínsecas, objetivas e/ou subjetivas. Supostamente, este instrumento, possui como função principal, servir de via tanto para a ascese quanto para a descese no âmbito espiritual. Dependendo, diretamente, de como os humanos envolvidos a utilizem. E, por ser um instrumento, apenas um instrumento, diante de tantos outros, independente do nível de sua sofisticação e complexidade, ou dos resultados benéficos ou maléficos que ela promova, enquanto se instrumentaliza, me parece um disparate e uma falta de responsabilidade, diagnosticá-la e responsabilizá-la como o "maior mal" da humanidade. Fazer isso é uma verdadeira afronta contra a Responsabilidade da humanidade, e uma absolvição indevida à Culpa da humanidade, por seus atos próprios e iméritos.


A religião é como um abridor de cartas, que é muito vantajoso e benéfico, no lugar e na hora apropriada. E, principalmente, com o objetivo de abrir cartas. Mas, que também, pode ser usado por uma pessoa, bem ou má intencionada, com objetivos diversos tendo resultados diferentes do objetivo primeiro. E é evidente, óbvio, lógico e racional que, não podemos acusar de "mal" a um abridor de cartas (instrumento), mesmo que ele participe de um ato que caracterize ou resulte em mal uso.



Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Engano

Comumente, o Mistério e o Infinito são confundidos com loucura, por nossos olhos limitados e nossa pouca fé.


Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Luz e Escuridão - Alguns critérios de Análise

Mesmo para o observador comum, é evidente e quase incontestável, a existência de uma relação constitucional de contraposição, entre a luz e a escuridão. E que, desta relação, é gerada uma infinidade de contrastes e nuanças, como subproduto. Não é necessário o uso de instrumentos sofisticados para que, se possam observar os fenômenos cunhados por esta afinidade. O bom uso, dos naturais órgãos de percepção humana, já nos basta para testemunhar a isso.

Mas, apenas ver, não é o bastante para que se possa entender e compreender, corretamente, a esta dinâmica e a essas potências. Comumente, esta relação é desapercebida e, até mesmo, ignorada, como que abandonado à rotina dos olhos. E, freqüentemente, quando notada, é mal entendida. Deve-se compreender que, para poder analisar, corretamente, a essa relação, temos que nos predispor a ser, realmente, imparciais.

Por se tratarem de potências fundamentais, por tanto, realmente puras e fiéis às suas respectivas essências, obviamente, não podemos lhes atribuir conceitos, nem agregar nenhum tipo de atributo ou característica que, não condiga com a sua própria unidade conceitual. E, ainda mais comprometedor seria, atribuir ou limitar lhes, com o mesmo conceito de consciência, percepção, sentimentos ou juízo, dados a um ser humano. Este comum equivoco impossibilita, por completo, o correto entendimento.


Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

sábado, 20 de março de 2010

Os Sete Pecados

Apesar de, nem sempre nos ser evidente, a escuridão é, fundamentalmente, a ausência da luz. E, mesmo que, incalculáveis as suas gradações, o motor de todos os seus fenômenos e manifestações é, sempre o mesmo, a insuficiência de luz.

Toda a insuficiência, ausência ou vazio, conceitualmente, carece de ser preenchido. O mesmo ocorre com relação à escuridão, que enquanto vazio em potência, tem a carência inexorável de ser preenchida de luz. Porém, freqüentemente, não apresenta critérios e, nem mesmo, limites para promover o seu próprio preenchimento, completude ou satisfação.

Comumente, a simples presença desta carência, é capaz de comprometer, em muito, a eficácia da percepção humana, que pode turvar-se. E, sem a devida clareza nos sentidos, dificilmente, somos capazes de discernir, assertivamente, entre as contrapostas potências. Tornamo-nos mais suscetíveis aos possíveis desacertos.


Inveja e Egoísmo – contrapõem a caridade (Amor);

Orgulho e Soberba – contrapõem a humildade;

Ira e Medo – contrapõem a paciência (Fé);

Preguiça e Melancolia – contrapõem a diligência;

Gula”, Incontinência e Desequilíbrio – contrapõem a temperança;

Avareza – contrapõem a generosidade;

Luxúria – contrapõem a castidade.



Todos os meus textos estão sujeitos a infinitas alterações, mediante a progressão do meu próprio entendimento - César Augusto Quental.

sábado, 13 de março de 2010

As Sete Virtudes

Ao olharmos para um objeto, não o vemos diretamente e sem intermediários, enxergamos na verdade, os raios de luz refletidos pelo objeto que, ocasionalmente, se direcionaram aos nossos olhos. Quando um objeto sem luz é irradiado de luz, em geral, alguns raios são absorvidos e outros são refletidos. Assim sendo, literalmente, visualizamos o resultado à resistência à luz, e não as coisas em si.

Para obtermos sucesso no ato de ver, temos que ponderar uma serie de variáveis, tendo como prioridade a intensidade da luz e o foco. Igualmente à escuridão, a luz, em sua máxima potência, freqüentemente, incapacita a visão humana, como se os nossos instrumentos de percepção fossem arquitetados, apenas, para lidar com os contrastes e as nuanças. E, certamente, se não estivermos devidamente posicionados, com relação ao objeto a ser visto, reduzimos, significativamente, a possibilidade dos raios de luz adentrar, adequadamente, em nossos olhos.

Independentemente das cores, o que nos permite perceber, reconhecer e discernir, a grande maioria, da variedade do que vemos, é a interação entre a luz e a sua ausência. De modo que, mostra-se imprescindível e necessário à inteligência da percepção humana, a existência de uma contraposição referencial e, até mesmo, de certa harmonia entre essas potências, não somente para que possamos vê-las melhor, mas para que também sejamos, realmente, capazes de reconhecê-las e discerni-las.


Caridade (Amor); latim: humanitas – contrapõem a inveja e egoísmo;

Humildade; latim: humilitas – contrapõem o orgulho;

Paciência (Fé); latim: patientia – contrapõem a ira e o medo;

Diligência; latim: diligentia – contrapõem a preguiça e a melancolia;

Temperança; latim: temperantia – contrapõem a "gula", a incontinência e o desequilíbrio;

Generosidade; latim: liberalis – contrapõem a avareza;

Castidade; latim: castitate – contrapõem a luxúria.


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